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Foto do escritorDra.Andrea Pereira

Os Minerais Que Não Podem Faltar Na Gravidez

Toda gestante sabe que algumas vitaminas são fundamentais para o desenvolvimento do bebê (como o ácido fólico e a vitamina D), a ponto de serem suplementadas ao longo da gestação para garantir a ingestão mínima recomendada. Mas há outros nutrientes que também merecem atenção: os minerais. Isso porque, além de estarem associados a funções importantes do organismo, da formação óssea ao equilíbro hídrico, a grávida vai precisar desses nutrientes em quantias maiores do que a população em geral.

Associados a importantes funções do organismo, alguns deles precisam ser suplementados ao longo dos nove meses.

Toda gestante sabe que algumas vitaminas são fundamentais para o desenvolvimento do bebê (como o ácido fólico e a vitamina D), a ponto de serem suplementadas ao longo da gestação para garantir a ingestão mínima recomendada. Mas há outros nutrientes que também merecem atenção: os minerais. Isso porque, além de estarem associados a funções importantes do organismo, da formação óssea ao equilíbro hídrico, a grávida vai precisar desses nutrientes em quantias maiores do que a população em geral.

Os alimentos, tanto de origem animal quanto vegetal, são a nossa principal fonte de minerais. Alguns deles são chamados de macrominerais, pois são exigidos em grande quantidade (100 mg por dia ou mais) no organismo. É o caso do cálcio, do sódio e do potássio, por exemplo. Outros, como o ferro, o zinco e o flúor, se encontram na categoria dos microminerais – o que não significa que sejam menos importantes. A seguir, conheça os principais minerais e o papel de cada um deles na gravidez.

Ferro

Para que serve: o nutriente é um dos componentes da hemoglobina, proteína encontrada nos glóbulos vermelhos (células sanguíneas) que auxilia o transporte de oxigênio para as células. Durante a gravidez, como o volume sanguíneo aumenta em até 50%, a necessidade de ferro também cresce. Também melhora a resistência imunológica.

Onde encontrar: carnes vermelhas, cereais integrais, vegetais verde-escuros, feijão e lentilha.

E se faltar: o risco é a gestante desenvolver anemia, já que o organismo não vai produzir glóbulos vermelhos o suficiente. Uma pesquisa realizada pela Universidade Harvard (EUA) mostrou que mulheres que tomam o suplemento têm menos risco de dar à luz bebês com baixo peso.

Suplementar ou não? A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a suplementação diária de 30 a 60 miligramas de ferro durante toda a gestação.

Cálcio

Para que serve: trata-se do mineral mais abundante no organismo. Imprenscindível para a formação de ossos e dentes, o cálcio também atua na contração das fibras musculares e na coagulação sanguínea.

Onde encontrar: a fonte mais conhecida e rica é o leite e seus derivados (queijo, iogurte, etc.), mas também está presente na gema de ovo, gergelim, amêndoas, sardinha, feijão e folhas verdes.

E se faltar: o bebê vai “roubar” as reservas de cálcio do organismo materno, aumentando o risco da mulher ter cãibras na gravidez e osteoporose no futuro.

Suplementar ou não? A grávida deve ingerir, no mínimo, 1.200 mg do mineral por dia – o que é alcansável se ela tiver uma alimentação balanceada. Ainda assim, os obstetras costumam indicar suplementos com cálcio (comum nos multi-vitamínicos indicados para gestantes). Outra recomendação importante para as gestantes é tomar sol, já que a vitamina D (que é sintetizada pelo organismo durante a exposição solar) favorece a absorção de cálcio.

Flúor

Para que serve: o mineral é conhecido pela prevenção de cáries, mas também atua nos tecidos e nas células.

Onde encontrar: a principal fonte do nutriente é a água enriquecida com flúor, ou seja, fluoretada. A fluoretação das águas de abastecimento público é obrigatória por lei no Brasil. Também é encontrado em chás e peixes de água salgada.

E se faltar: não há doenças associadas, mas a falta pode comprometer a saúde bucal (da mãe).

Suplementar ou não? Não há evidências científicas que comprovem atualmente a necessidade de suplementação pré-natal de flúor, de acordo com o Ministério da Saúde, se a gestante viver em região onde a água é fluretada. Do contrário, a indicação é de 1 mg de flúor por dia. Mas atenção: a ingestão de complexos vitamínicos que contenham flúor e cálcio pode ser prejudicial à saúde do bebê, já que o primeiro interfere na absorção do segundo.

Iodo

Para que serve: indispensável para o funcionamento de todo o organismo, principalmente porque atua na formação dos hormônios da glândula tireoide (que age na maioria dos órgãos e funções).

Onde encontrar: legumes, frutos do mar e sal iodado. No Brasil, a adição do mineral no sal para consumo de humanos é obrigatória.

E se faltar: a carência de iodo pode levar ao aborto ou afetar o desenvolvimento cerebral do bebê. Um estudo realizado no Reino Unido com mil famílias mostrou que filhos de mulheres com deficiência do mineral durante a gravidez tinham o QI mais baixo, assim como problemas de leitura aos 8 e 9 anos, respectivamente.

Suplementar ou não? A dose diária recomendada pela OMS aumenta durante a gestação: de 150 mcg passa a 250 mcg por dia. Uma posta de bacalhau de 85 g, por exemplo, tem 99 mcg de iodo. Já 1 g de sal tem 77 mcg, mas o consumo de sal deve se limitar a 2 g por dia. Por isso, a recomendação é de que o iodo seja suplementado para garantir que o mínimo necessário seja atingido.

Zinco

Para que serve: fundamental para a realização de reações químicas vitais, atuando no crescimento, na imunidade, na reprodução, no sistema nervoso e na expressão dos genes.

Onde encontrar: carnes, peixe, ovos, ostras, iogurte, grãos integrais, castanhas. Mas a absorção do zinco de origem vegetal é inferior.

E se faltar: a deficiência está relacionada a baixo peso ao nascer, assim como atraso no crescimento fetal.

Suplementar ou não? A recomendação é de 11 mg por dia na gestação. Pode ser alcançada por uma alimentação equilibrada, especialmente se a carne faz parte da dieta. Mas se o obstetra achar necessário, pode recomendar a suplementação.

Fonte:

Colaboração:

Dra. Andréa Pereira, médica nutróloga da Unifesp; Dra. Roseane Mattar, ginecologista e obstetra, da Febrasgo.

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