A reposição de vitaminas traz vários benefícios, mas só deve ser adotada quando o paciente apresentar deficiência.
As vitaminas são cofatores de várias reações químicas e participam da maioria dos processos fisiológicos do nosso corpo.
Portanto, as deficiências vitamínicas podem afetar o prognóstico e a resposta ao tratamento de qualquer doença, incluindo o câncer.Mas problemas desse tipo não são comuns em pacientes que têm uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes e produtos integrais.No paciente oncológico, a reposição vitamínica deve ser realizada apenas nos casos em que for diagnosticada a deficiência.
Sem deficiência presente, a suplementação não agrega qualquer benefício para o paciente.Nos últimos anos, as pesquisas científicas têm mostrado que a deficiência de vitamina D está relacionada com o aumento da prevalência dos cânceres de mama, próstata e cólon. Além disso, nos obesos, essa deficiência é muito comum, sendo mais um fator de risco para vários tipos de câncer.
Na maioria dos pacientes, ela é assintomática. Nos idosos, quando o nível sérico da vitamina D é baixo, pode ocorrer aumento do número de quedas.A vitamina D interfere na redução da proliferação celular, da apoptose, da inflamação e das metástases e no aumento da diferenciação celular. Dessa forma, atua na prevenção ao câncer e em uma melhor resposta ao tratamento oncológico. Nos pacientes submetidos ao Transplante de Medula Óssea, essa deficiência leva a um maior número de casos de doença do enxerto contra o hospedeiro, que é uma importante complicação desse procedimento.
Mesmo com todos esses efeitos benéficos, a vitamina D é suplementada apenas nos pacientes diagnosticados com sua deficiência.Nos indivíduos submetidos a cirurgias do trato gastrointestinal, além de vitamina D, pode ocorrer a deficiência das vitaminas do complexo B, principalmente, B12 e B1. Nesse caso, os principais sintomas são problemas de memória e equilíbrio, além de formigamentos e fraqueza nos membros inferiores. Portanto, esses pacientes precisam ser tratados.
A checagem de deficiências vitamínicas faz parte da avaliação nutricional. A avaliação sérica pode ser solicitada no início do tratamento, fazendo-se a suplementação quando necessário. A reavaliação pode ser realizada em qualquer fase do tratamento.Em resumo: a reposição de vitaminas no paciente oncológico deve ser feita apenas no diagnóstico de deficiências.
A suplementação em caso de deficiência da vitamina D está associada à prevenção e melhor resposta ao tratamento nos cânceres de mama, cólon e próstata e no Transplante de Medula Óssea.
Nos pacientes que tiveram alguma parte do trato gastrointestinal operado, deve-se sempre avaliar possíveis deficiências devido à redução da área absortiva. Por fim, vale ressaltar: uma alimentação saudável e equilibrada previne a maior parte da falta de nutrientes.
Uma vida saudável é importante na prevenção, durante e após o tratamento do câncer.
Comments